teu corpo era tecido
que me derretia
a visão
e aquele azul
era a hipnose do tempo
colorido
em escamas celestiais
a distração
a síntese era
liquidativa sobre fígados, vesículas
adormecido
paladar
entre dentes
entre as curvas rodoviárias
de uma cintura
abrupta
e corrosiva
---
eu nunca vi tanta luz
que saía
não sei de onde
meu corpo
preso na luz
negra e esquizofrênica
e no cotovelo
que prendia
a ponta da toalha de mesa
suja de café
minha pálpebra presa
pelas pontas
do sol
incerto
exposto
e frondoso
no meio da noite
adocicada
a responsabilidade
leve
sustentada em meu auxílio
pelo carvalho
do guindaste
carnívoro-burgues
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