Eu corro através do tempo. Considerando a possibilidade da sua disparidade atrair minha sonolência pelos caminhos e cantos que quiseres. Conduzido a sentir vontades. De olhar pelo tampo de vidro e encontrar perdido o doce que você largou pela metade. A metade que eu não comi. Pra te ver comer. E fazer mil vozes diferentes a cada sorriso que eu der. Eu começando a aprender a falar. Com você. Com teu corpo. Meus pés atravessaram a louça do jardim. Enquanto no sonho o despertador morreu de tédio. Atravessado nas gargantas silenciosas e adormecidas. O frio invade teus pés. A solidão movimenta as minhas cortinas e apaga as luzes. O microondas grita. Um som uníssono de alvorada e redenção. Recolho nossas bugigangas do chão e penso na luz do teu cabelo. Simples. Sem pensar muito. E sem querer pensar muito. Em nada. Em tudo. Nisso e naquilo. Em que horas morreremos? Em que horas se deve assumir a necessidade? Simples. Sem pesar. Inconsequente desligo a geladeira. E estarreço meio mundo por não querer saber as respostas.
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