segunda-feira, 2 de maio de 2011

(Des)Costumes


adaptei-me ás nossas desculpas
talvez por ja ter rido
com outros risos
ou chorado em outros olhos
tentativa tola e futil
de justifucar rompantes de arrependimento
que nem sei de onde surgiram
ou se não precisaram surgir
e estiveram sempre aqui
num canto qualquer de mim
ou de nós
doce criança
só esperando uma chance
e quando a teve
fez jus ao tempo que esperou
desabando sobre nossa cabeça
mil lajes de concreto
cem pedidos de desculpa
e uma cicatriz tão dolorida
que nosso corpo
nem sabe ao certo onde está

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