quinta-feira, 31 de março de 2011

Vitrais

são as dores
os casos amores
paixões momentaneas
que desbotam
o riso
que
como vitrais velhos
perdem as cores
ficam pálidos
sem vigor
sem riso
amarelas de tempo amor
amarelas flores que não colhi
nesses jardins
desbotados desfloridos
onde vi
seus negros cabelos negros
e me perdi
na escuridão sem fim de um segundo
negridão intensa
refletida nos vitrais
de igrajas velhas vazias
refletido por dentro de mim
pois num piscar de olhos
mergulho no escuro
um escuro liso e longo
escuro lindo dos fios seus

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