sábado, 6 de abril de 2013

Atlântico

o que era belo
dormia em seu ombro
descansado
na pureza de tua pele
maltada, perolada

deixa a imagem sorrir por nós
eu descansado no ombro
doce de cabelos de algodão
pálido e
desfalecido?

meu ombro
sendo casa
pro teu soneto aflorado
que sutil derrama água
salgada e doce
 - o soro
que me leva ao sublime

a saudade deita-se agora
no vão entre nós dois
entre teu descanso
e minha aflição
na distância marítima do atlântico

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