é com si
em terças
que te vejo ir
é com só
em sabados
que vejo
o mundo ruir
debaixo do sono
de todos os mortais
em madrugadas
líricas, gramáticas
quietas
em sua
carcaça de pudor
até que a felicidade
um dia acorda
e de mansinho
dá corda
à tudo
que não pode
à tudo
que não deve
à tudo
que não é certo
à tudo
que é tudo
à tudo
que quis ser nada
à tudo
que nunca vi
à tudo
que nem sei se existe
à tudo
que talvez nem seja tudo
tudo que quer
ser agora
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