Destoo de tudo o que
desejavas. Destoo do sentido amado das senhoras e velhinhas sentadas
na hora do chá em minusculíssimas mesas de chá. Cesso de me
debruçar em tantas coisas. É certo que preciso talvez de algum
conselho. Ao avesso vou andando, construído pelos olhares retidos em
minha aparência estranha. E o que digo sem bocas? O que quis dizer
tanta diferença em teus lábios de mulher? Suas coxas entre as
minhas e as minhas mãos perdidas sem saber a hora de dar tchau. Me
confundes a vista apenas ao esquecer de falar comigo, ou de lembrar. Abstenho-me de pensar ou decidir. Com tanta vontade de me
enganar e me roubar. Pra destoar também comigo. Um par tão
simétrico. Teus cabelos e meus olhos. Destoantes um uníssono.
Nenhum comentário:
Postar um comentário