sábado, 1 de dezembro de 2012

Raspas

paraliza
de gelo
de medo
sem porquê ou razão, meu Deus

com as mãos e dedos
parados lizados
inertes imóveis
num silêncio de movimentos
me fala
- absurdo!

é sim
absurdo
parar
quando te vejo andar
e pular
sob todas as cores do sol
porque parar?
é realmente absurdo
ouvir de sua boca
que quer parar
do nada
sem nexo

não me faz parar
pois paralizo
e paro e analiso
seus gestos (des)coordenados
e não vejo nada
de tão irresistível
assim como dizem
todos os seus (per)seguidores

ainda não vi
paralizar
em silêncios espalhados,
meu coração.
espero a oportunidade
como nunca
ansioso e com dedos rijos
parcialmente paralizado

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