Gosto de ver a cor branca das
roupas que você usava. E respirava. Não havia branco que eu pudesse. Arrancar
das paredes por trás da pele nua e branca que você cisma de vestir. Ando
perdido por essas ruas. As noites de sono sem dormir me fazem falta. Ao humor,
ao sorriso. Penso no sonho que me transtorna. Transforma. Num cidadão perdido
de Buenos Aires. Se não te devoro. Se não te arranco das minhas roupas brancas
que insiste em vestir, me mostro em reflexos de um passado próximo, aos
frangalhos. Canso de dormir e aprendo a operar utensílios. Desconhecidos.
Domésticos. De noite, sozinho, gosto de apagar você das luzes. Teria até a
chance de me sentir bem. Porém não há mais vestidos a me zelar o sono. Não.
Mais. Só há o tango dessa cidade que não me deixa ver a cor do céu. Que tanto.
Queria ver. Só há o tango a tocar. De mãos dadas. Com você.
Um comentário:
Muito bonito... gostei!
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