quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Era ela e o jardim

Era ela, que me acorda com ternura nas manhas escuras do horario de verão e que se prontifica a me vestir e enxugar, e que hoje não mais sabe o que me dizer, talvez até porque ainda guarde algumas poucas conversas com intenção de economiza-las e não joga-lás fora apenas numa tarde perdida no jardim botanico. Era ela, que eu vejo em qualquer rosto serio, quando entro de repente dentro do onibus, ou na rua, no chá, no café, nos calculos estequiometricos, no jardim botanico. Era ela, que me leva pra todos os lugares, de onibus, pro shopping, cinema e jardim botanico. Era ela, apenas, o que eu via. Ela e o jardim botanico. Ela em destaque. Sem mais jardim, nem bicho, nem arvore, nada de botanico à volta.

3 comentários:

Pilar Valente disse...

Cê sabe o que eu achei. Te amo ;*

Leandro Ginane disse...

Quem é ela?
Que vai todo dia na capela
Fazer oração, acender vela
Dizem que ela zela por mim.

guilherme.ginane@gmail.com disse...

Muito bonito, ora me figura o rosto materno, ora surge um rosto do amor vivo e viril.