Triste, a moça explica-me,
olho para baixo,
pra onde esses pés tão me levando?
Insatisfeito, durmo.
A moça insiste,
olho pro rapaz que a ouve,
Aceita!
E o rapaz é como pedra fria,
cercado de pombos,
por que não a responde?
Há pouco amarelo no céu,
e o tempo do rapaz se vai,
Levanto-me pra poder ver,
os pássaros que levam a moça,
bela moça, aliás.
E os pés do rapaz o levam a outros,
que desgraça,
Por que não me ouves mais?
Portas se abrem pra moça,
Já não vejo mais,
só sinto as caricias dóceis do vento,
E o rapaz não se acha,
vive só junto aos pombos,
Pra onde você foi?
Ainda não se libertou.
Tento lhe ajudar.
Solte-o da carceragem!
E o rapaz nem se manifesta,
está conformado com limites da camada de cimento,
que o encerra.
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